quarta-feira, 27 de junho de 2012

"Sick of saying sorry when I'm not"



Nossa, eu li o último post do blog e muita coisa mudou na minha vida daquele dia pra cá. Eu aprendi mesmo a guardar minha dor num potinho no fundo do peito. Às vezes, ela vem dar o ar da graça, mas eu já vou dando um basta e não sofro mais. Às vezes eu sinto saudade, mas não sei bem dizer do quê. Isso porque eu aprendi a ser autosuficiente, independente.. e quando a gente é só , não significa que a gente deixou de amar, deixou de sentir, só significa que a gente aprendeu a viver sem a pessoa, tá seguindo em frente.

Bom, hoje eu fiquei um tempão olhando pro céu, pensando na vida, e enquanto rolava essa música no meu headphone, decidi escrever esse post e contar uma história.


Esses tempos eu me apaixonei de novo.. há 1 mês e meio mais ou menos. Não posso falar que foi amor à primeira vista porque eu já conhecia a pessoa há muitos anos, mas foi amor ao primeiro momento random em que eu passei a ver ela com outros olhos, sabe como? Nem eu sei explicar.. um dia era amizade, normal, no outro, já era algo a mais. 
E eu me encantava cada dia mais, vi alí alguém com quem eu me identificava MUITO, com um coração enorme, uma das pessoas mais sinceras e verdadeiras que eu já conheci. Como qualquer ser humano, eu aguentei esconder meus sentimentos por pouco tempo, porque era tão intenso dentro de mim que parecia que se eu não falasse, meu peito ia explodir. Eu falei, mas sabendo desde o começo que seria em vão, porque aquele coração já pertencia à outra pessoa. 
Eu tive que aprender a "driblar" meu sentimentos pra não perder a amizade, mas é muito muito difícil quando a pessoa tá sofrendo pela outra e é nos teus braços que ela procura conforto. Acho que esse é o  momento mais delicado dos meus sentimentos em muito tempo.. Eu sempre ouvi que eu era "egoísta", que eu só me preocupava comigo mesma, com o meu bem estar, com a paz do meu coração, pois bem.. acho que agora eu aprendi, porque tive que deixar completamente meus sentimentos de lado pra confortar alguém que precisa muito de mim nesse momento. 

Mas apesar de tudo, eu ainda acredito que o que é meu está guardado para mim, então acho que chegou a hora de correr atrás. As coisas não caem do céu...

Uma coisa que eu aprendi foi que eu devo aproveitar as oportunidades que me são dadas, e acho que nada acontece por acaso








quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

When you love someone but it goes to waste, could it be worse?


Acho que esse blog acabou virando o meu "escape" pra começos calorosos e fins dolorosos de relacionamentos. Meu karma?

No último post, alguém muito especial comentou "você acha que você já viveu seu grande amor, até você viver um mais forte". Agora eu vejo o quanto isso é verdade, estou vivendo outro grande amor que superou minhas expectativas em relação a qualquer sentimento que partisse de mim.


O único problema é que esse amor não está me vivendo. Não mais. 

Eu não tenho - e nem quero - ter alguém pra chorar e repartir meus sentimentos. Ninguém sabe o suficiente do que eu vivi, e parece que nessas horas de "conselhos" as pessoas só se lembram das partes ruins da sua vida amorosa. Porque você, pelo menos eu, nunca saia esfregando na cara de todos o quanto eu era feliz. Eu guardava aquele sentimento no meu peito, que era o melhor lugar pra ele estar. E eu não tenho pra quem chorar, pra quem reclamar, pra quem expressar toda a dor que está dentro do meu peito, se não para o meu travesseiro, todas as noites.. mas de manhã, coloco um sorriso no rosto e encaro o dia da melhor forma possível. Eu simplesmente não quero ninguém fazendo dos meus sentimentos e da minha dor menores do que realmente são, então prefiro guardar pra mim.

Mesmo depois de alguns dias de  "luto", a gente ainda chora um pouquinho.. ainda se pega desprevenido pensando na pessoa, ouvindo músicas de fossa que instantaneamente são relacionadas à pessoa.. E esse luto é porque a sua cabeça diz que você tem que ir, enquanto seu coração diz que quer ficar.

E é sempre assim né, com todo mundo no fim de um namoro. Mas e quando você encontrou, além de alguém pra namorar, uma amizade de ouro, um ombro amigo, uma alma tão parecida com a sua? A vida NUNCA me ensinou a lidar com esse tipo de situação, e sempre me mostrou que é esse tipo de pessoa que eu tenho que ter do meu lado pra sempre. E lá vai o coraçãozinho doer de novo..

E ele dói porque você quer a pessoa todas as horas do dia do seu lado. E dizer milhões de "eu te amo" no dia nunca são suficientes. E a pessoa é tão especial que você se apaixona cada dia mais. E quando você está triste, é a primeira pessoa que você quer procurar. E quando está feliz também. E mesmo depois de um dia inteiro e uma noite toda sem se desgrudar, não dá vontade de largar. E que quando ela te olha nos olhos, ela vê tua alma. E 2 horas no telefone parecem 2 minutos. E mesmo com todos os motivos do mundo pra abrir mão, essas pequenas coisas, e algo muito, mas muito forte dentro do peito fazem você querer cravar os pés no chão e gritar "não vou, não vou, não vou"...
O coração é mesmo traiçoeiro.. "comparisons are easily done once you've had a taste of perfection", e eu tive.. nunca fui tão feliz com alguém assim.

Talvez eu já tenha tirado a minha lasquinha do que é ser feliz, e outra pessoa precise dela mais que eu. Talvez o cara lá em cima tenha outros planos pra mim.. Mas por enquanto, eu vou cultivar o sentimento bom dentro do meu coração, porque nada acontece por acaso. Acho que o que é meu está guardado e sempre vai ser assim.. E quanto a minha dor? Eu vou ter que saber lidar muito bem com ela, guardar num potinho bem lá no fundo do peito, pra conseguir manter quem eu amo perto de mim. Só me resta ser forte. Mas que dá uma saudade de ser feliz, dá...


“Parece drama, parece idiotice. Porque não é você que está sentindo, sou eu.”






ps: irônica a data do post.





E no fim das contas, é isso mesmo, pra todo mundo.. todo mundo sofre, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é and karma is a bitch.

sábado, 6 de agosto de 2011

"If it's something that you want, darling you don't have to run, you don't have to go.."

Nada acontece por acaso.

Tenho essa teoria de que se algo aconteceu na sua vida num determinado momento, é porque era pra acontecer. 

Me aconteceu que eu não estava procurando ninguém, e quando eu menos esperava, conheci a pessoa que meu coração falou "é essa". E pode existir mil motivos para não ter porque acontecer, quando tem UM motivo pra acontecer, esse é mais forte e derruba todos os contras. Duas pessoas não se gostam por acaso, não têm essa urgência de ter a outra perto por acaso, não sentem esse vazio na ausência da outra por acaso. É o amor querendo se abrigar, e não importa.. nada é mais forte que isso. Não dá pra fugir. Quando você ama, você simplesmente não consegue largar.

É porque desde o começo, não foi por acaso.


"Well, I'm not sure what this is gonna be,
But with my eyes closed all I see
Is the skyline, through the window,
The moon above you and the streets below.
Hold my breath as you're moving in,
Taste your lips and feel your skin.
When the time comes, baby don't run, just kiss me slowly."

 ♥

domingo, 20 de março de 2011

Eu sei, é um doce te amar, o amargo é querer-te pra mim.. ♫


A lua tá linda hoje, tá uma superlua. 
(Não em Curitiba porque aqui tá nublado, seria bom demais pra ser verdade se tivesse)

Filmes sobre amor e domingo à noite (e mais a lua) me fazem pensar.. e inevitável foi pensar no amor, como um todo.

Eu ando meio preocupada ultimamente, não consigo gostar de ninguém. Não consigo me apaixonar, não consigo me interessar por ninguém. Isso não significa que eu fique sozinha, eu só não consigo criar vínculos. Sou dessas que conhece alguém e perde o interesse em nem 2 semanas e já larga mão. Às vezes, acabo machucando quem está comigo por não poder "me doar" mais.. Eu simplesmente não sinto nada. E isso faz eu me sentir muito apagada.

Sou adepta à teoria da "hora certa". Todo mundo me diz que quando chegar a hora certa, vou achar a pessoa certa e vou ser feliz. Eu sei disso gente, não duvido. Mas e se eu disser que preciso disso agora? E agora não tá rolando hahaha
Sinto falta de momentos que eu não vivi, com uma pessoa que eu não conheço (?).. Sinto vontade de passar tardes em sofás, com filmes e chocolates, passear no parque, jantarzinho romântico. Eu tento. Eu me esforço. Mas não sinto vontade de fazer isso com quem não me traz aquele feeling de que é a pessoa certa. OU SEJA: não sinto vontade de fazer isso com ninguém, lately. at all. 

Tá, a linha de raciocínio é confusa.. Afinal, eu quero ou não quero? 
QUERO. Mas né..

The point is: eu não to procurando por um grande amor, eu acho que já vivi meu grande amor, e essas coisas de soulmate, amor a primeira vista, sintonias, conexões, transmissão de pensamento, "makes my heart skip a beat", blábláblá, só acontece uma vez na vida, e já aconteceu pra mim. Nem sei se conseguiria me entregar TANTO como um dia já me entreguei.

OK, the point REALLY is: não estou tentando substituir ninguém do meu coração, esquecer certos sentimentos, não. Só quero poder ter algum sentimento de novo. Não sei mais o que preciso fazer pra me interessar por outro alguém, sem perder o encanto e a paciência, e ter uma vida normal, cheia de mimimi's, feliz, etc. Não que eu não seja feliz.. só falta algo.
Alguém pode, por favor, ser uma pessoa ~diferente~ e fazer algo pra mudar isso? hehe

Tá, nada a ver esse post, só precisava desabafar.
Vi aquele filme "Sexo sem compromisso" hoje e me identifiquei em certos pontos com a Emma.


terça-feira, 1 de março de 2011

Vida Nova


Nossa, há quanto tempo não posto aqui!

Tanta coisa mudou, pessoas entraram e saíram da minha vida de uma forma um pouco assustadora. Tive muito tempo pra refletir minhas paixões, minhas vontades, meus gostos, minhas prioridades..
Posso dizer que amadureci bastante durante essa minha "ausência" aqui (tanto que quando voltei, apaguei algumas publicações que li e senti vergonha, risos).

Na época em que fiz as antigas publicações, estava vivendo momentos de agústias e dor, estava perdida, não sabia quem eu era ou o que eu queria. Agora isso tudo mudou.
Posso dizer que estou em paz. Me sinto orgulhosa da minha "evolução".
Claro, tive que me esforçar muito, pensar muito em tudo o que estava se passando comigo e pensar se eu queria ou não continuando vivendo daquela forma, e a verdade é que eu não queria. A vida tava ruim, eu estava sofrendo, não tava feliz. Quem quer viver assim? Ninguém quer. Mas eu sabia que a única pessoa que poderia mudar a minha vida, seria eu mesma.

Foram meses de terapia, orações, reflexões..
E posso dizer que cresci. Amadureci e cresci espiritualmente.

É muito bom estar com a vida se encaminhando, tomando um rumo, decidindo meu futuro.
Agora eu sei o que eu quero para o meu futuro profissional e isso já é um alívio, só preciso correr atrás e me empenhar!


E quanto ao amor?
Bom, o amor vai vir na hora certa.
Cada coisa no seu tempo..



Indicação de leitura: O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry

"Não é um livro para crianças, porque traz justamente a mensagem da infância, a mensagem da criança. Essa criança que irromperá de repente no deserto do teu coração, a milhas e milhas de qualquer região habitada, - e na qual reconhecerás (ó prodígio!) os teus olhos, o teu riso, a tua alma de há vinte ou trinta anos. A menos que não queiras ver, a face do Pequeno Príncipe, a face de um outro, coroada com espinhos de rosa..."

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

We could sing our own but what would it be without you?

Não sei o que anda acontecendo, mas ultimamente, ando vivendo uma vida cercada de tragédias. Como dizia o sábio Fiódor Dostoiévski, "Temo somente uma coisa: não ser digno do meu tormento", citado várias num livro em que estou lendo de Viktor E. Frankl, estou sentindo na pele o que é viver um tormento. Mas qual é o meu tormento? Em que errei, afinal? Perdi uma prima semana passada, cometi vários erros essa semana, magoei a pessoa que mais amo e hoje tive uma outra triste notícia.

Estava saindo do trabalho mais cedo, caminhando pelo centro da cidade, fui na Rua XV encontrar meus pais quando topei com a mãe de uma amiga minha de infância - amiga há mais de 10 anos, daquelas que não saiam daqui casa, que dividia o lanche comigo na escola quando eu esquecia, e com quem eu briguei várias e várias vezes, mas que brinquei, beijei, abracei muito também. Começamos aquele papo de rua: "O que faz por aqui, blablabla whiskas sachê" quando decidi perguntar "E a Fulaninha (vou colocar assim pra preservar a identidade dela), tia?"


- Então Amanda, a Fulaninha tá internada.
- Sério, tia? Internada do que?
(Seus olhos se encheram de lágrima e ela falou com um ar de tristeza)
- Ela teve uma overdose, tomou 24 comprimidos de Rivotril. Encontrei ela em coma e levei correndo pro hospital.

Overdose. Tentou se matar, mas não conseguiu. Não era a sua hora ainda.

Aí que entra o livro de Frankl que eu citei no começo: o título é "Em Busca de Sentido". Sentido da vida, é claro. Vou resumir mais ou menos a história, é autobiográfica. O cara perdeu TUDO na época da segunda guerra, não tinha mais familia, nem amigos, nem nada, e estava sendo mantido vivo em um campo de concentração em situações desumanas em Auschwitz. Por ser médico psiquiatra, ao longo do livro ele faz uma análise do sentido da vida com base nas teorias da psicanálise, porque ele sempre esteve em posição de julgamento, mas nunca na de ser julgado, e nessas circunstâncias, sentiu na pele o que é querer morrer e lutar para viver. 

Como eu já disse no post anterior e acho que não custa nada reforçar, a vida é tão urgente, que quando você viu já passou. A vida é a maior dádiva do ser humano, do mundo, a única coisa que ninguém nunca soube explicar, mas todo mundo "tem". Enquanto uns lutam pra sobreviver, outros querem acabar com ela. E por que isso? Quaisquer que sejam os seus problemas, sempre há uma solução. Nesse caso (da minha amiga), eu até imagino qual tenha sido o problema, e é aí que a minha consciência pesa. Ela não teve ninguém pra mostrar pra ela que a vida é maior que isso, não teve uma amiga que pudesse oferecer um ombro quando ela precisasse, e eu tinha prometido à ela que independente da nossa distância, eu sempre estaria "alí" - o que me deixa muito mal em saber do acontecido quase uma semana depois.

Analisando a situação dela, ou do Viktor Frankl, vejo que ambos tiveram uma segunda chance. Uma segunda chance para corrigir seus erros, uma segunda chance para fazer as coisas direito. O autor fez um bom proveito dela, espero que a minha amiga saiba ministrar melhor sua vida, agora que 'nasceu de novo'. E assim como eu espero ter uma segunda chance para corrigir meus passos errados na vida.

Quando eu penso na mãe dessa menina, se ela vai viver remoendo esse sentimento de que a filha tentou se livrar de sua vida, eu lembro do que ela me disse quase soluçando em choro: "Ah, mas é a Fulaninha né.. Minha filha querida, minha filhinha amada."

A mãe a perdoou.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

"So tell everybody, the ones who walk beside me, I know you'll find your own way when I'm not with you"

Bom, eu tenho esse blog há uns 2 ou 3 meses, aproximadamente, mas ele foi criado com uma finalidade totalmente diferente. A princípio, ele era como meu "diário online", eu contava situações da minha vida particular e do meu emocional. Não que agora vá ser diferente, mas acho que o foco será outro.

Não foi a melhor oportunidade que eu tive para voltar oficialmente com o blog, no momento estou muito muito abalada, mas acho que foi a melhor situação pra valorizar a vida, e perceber que a dimensão das coisas é bem maior do que a gente imagina.

Cerca de meia hora atrás, recebi a noticia do falecimento de uma prima minha de 14 anos que estava internada em Londrina, em estado grave, com meningite. O caso dela foi uma sucessão erros, começando pelos profissionais "capacitados" e atingindo até quem não tem uma relação direta com isso, aqueles que deveriam suprir as necessidades da saúde pública no interior do Paraná. 

Mas agora não é hora de xingar o governo e exigir melhorias, é hora mesmo de refletir. Fico me perguntando, quais eram os planos do Senhor, de levar uma menina tão nova para junto Dele, tão cheia de sonhos e que tinha muito para viver. Uma menina como todas as outras da sua idade, que sonhava com os 15 anos, adorava Justin Bieber, Restart, Colirios da Capricho, Vida de Garoto.. Nada de diferente.

É nessas horas que você percebe como a vida é urgente. A vida é pra ser vivida intensamente, porque nunca saberemos o dia de amanhã. A lição que eu vou tirar de todo esse sofrimento é que é necessário viver. Se for pra sofrer, que sofra, se for pra doer, que doa, se for pra amar, ame muito, pois esses são os sentimentos que nos faz nos sentirmos vivos.

Se você tem sonhos, se você ama, se você tem ideais, lute por tudo isso como se não houvesse amanhã. As vezes a vida nos dá o tombo, mas também nos dá força para levantar e tentar de novo. Ninguém disse que nunca iríamos cair, não, nós caímos muito, muito mais do que queríamos, mas não podemos desistir. Minha prima lutou o que pôde naquela cama de hospital, mas infelizmente os planos do Senhor eram outros para ela.

Mas enquanto estamos aqui, enquanto temos o poder de tomar as rédeas da nossa vida e decidir o rumo que ela deve seguir, que seja feito então com paixão, com força, com suor e perseverança. Para que, no futuro, você possa dizer cheio de orgulho "EU TENTEI, EU CONSEGUI", e não ficar com aquele sentimento frustrado, de que podia ter sido diferente se você tivesse tido coragem. Viva agora.

Quanto ao nome do meu blog, "amor agridoce", é pra refletir que a vida, mais especificamente, o amor, não é um mar de rosas, mas que cada ato, cada movimento e cada decisão certa tomada, pode fazer dele a sua maior conquista, maior realização pessoal.



Post em memória de Isabella Queiroz.